Nicolaus Esterházy Sinfonia
Regente Uwe Grodd
Apesar da estrutura fácil e das frases previsíveis, o conjunto sonoro rico em timbres, a orquestração variada e um fluxo incessante de idéias fazem essas sinfonias de Vanhal merecerem atenção. A primeira delas está articulada numa execução contínua, sem interrupção entre os movimentos, e com solos de violoncelo acompanhado em oitavas pelos violinos num belíssimo Adagio. A segunda sinfonia é daquelas composições que acabam ofuscadas pelo brilho de outras peças com maior apelo. Sua qualidade se revela quando apreciada isoladamente e a razão para isso é também cronológica. Trata-se de uma das primeiras sinfonias do compositor.
A terceira obra apresentada é de longe a mais completa. Nas cordas uma introdução suave e enigmática dá lugar ao contrastante Allegro, onde são exploradas dinâmicas e expressões nos tutti. O segundo movimento evoca uma canção, com o oboé acompanhado pelas cordas em pizzicatto. Já o terceiro é composto por frases que se concluem após um ligeiro acúmulo de tensão em crescendos.
Na Sinfonia Comista que encerra o cd, o compositor descreve estados de espírito como alegria, esperança e lamento. A concordância entre os movimentos e os respectivos estados seria questionável, não fosse a natureza despretensiosa da música como um todo.
Contemporâneo de Haydn, Vanhal foi um artista independente e prolífico. Seu inventário registra mais de 100 sinfonias, 100 quartetos, 25 missas, óperas e oratórios.
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sexta-feira, 7 de maio de 2010
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